Há alguns dias, tratamos do assunto "GREVE NO PODER JUDICIÁRIO DE CAMPINAS", oportunidade em que salientamos sobre os prejuízos que a paralisação vinha causando para a população, e para os profissionais do Direito que atuam nesta comarca de Campinas - SP.
Passamos a transcrever abaixo matéria lançada no site da OAB/SP., que vem reforçar e confirmar o que dissemos anteriormente, tanto assim, que se fala, inclusive, em INTERVEÇÃO DO FÓRUM DE CAMPINAS - SP.
"A OAB SP e a Subsecção de Campinas encaminharam ao Tribunal de Justiça de São Paulo, nesta terça-feira (17/8), ofício solicitando intervenção no Fórum de Campinas, porque desde o início da greve dos serventuários da Justiça, em 28 de abril, todos os cartórios estão fechados, inclusive o protocolo e o distribuidor, com exceção de duas Varas Criminais.
Em Campinas, uma das maiores comarcas do Estado com 630 mil ações em tramitação, a greve do Judiciário - ao contrário do resto do Estado, onde a adesão dos servidores do judiciário refluiu para uma média de 10% - manteve-se forte ao longo dos 120 dias de paralisação dos funcionários da Justiça.
“ Diante da intensidade da greve dos servidores em Campinas, da precarização dos serviços prestados nos cartórios e dos prejuízos para o jurisdicionado e para a advocacia só nos restou a alternativa de pedir a intervenção para que o serviço forense volte a ser prestado, sendo essencial ao exercício da cidadania”, explica o presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D’Urso.
Na avaliação de Marcos da Costa, vice-presidente da OAB SP e presidente da Comissão de Assuntos do Judiciário, desde julho a Ordem vem buscando saídas para o impasse da greve no Fórum de Campinas. “Enquanto nas demais comarcas a greve está perdendo força, em Campinas com 4 meses de paralisação os danos são altamente danosos e similares à greve de 2004”, comenta Costa.
Para Tereza Dóro, presidente da subsecção de Campinas, a greve é mais forte em Campinas porque as lideranças do servidores estão concentradas na cidade. “ Não temos mais o que fazer, a situação é dramática. A greve está prejudicando mais de 10 mil advogados da região. Não podemos ter acesso aos processos, fazer novas juntadas , ingressar com novas petições. Está tudo parado, mesmo pedidos de pensão alimentícia , de pacientes de doenças graves que precisam de medicamentos, alvarás de soltura e pedidos de progressão de regime”, alerta Dóro."